segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Serra e Dilma sem Marina, religião e aborto

Diogo Leão

Dilma Roussef (PT) e José Serra (PSDB) continuam incertos sobre a conquista dos eleitores que votaram na ex-candidata Marina Silva no primeiro turno das eleições presidenciáveis deste ano de 2010. Neste domingo Marina e o seu partido, o PV, anunciaram a posição de “independência”, não manifestando apoio a nenhum candidato. No primeiro debate para o segundo turno destas eleições também transmitido neste domingo já não apresentaram temas polêmicos ou temas que apelam à religião, temas entendidos como o grande atrativo à grande parte dos votos obtidos pela candidata Marina no primeiro turno.

Não só Marina tem criticado Serra e Dilma pelo viés religioso e a falta de coerência de ambos em temas polêmicos – posição sobre o aborto e casamento de homossexuais – que a campanha de ambos vem tomando, mas também os próprios líderes religiosos e outros líderes de opinião. Os candidatos vem sido acusados de oportunistas com os temas e fingidos nas atitudes.

A semana passada foi uma grande odisséia para tentar convencer o eleitorado sobre estes temas. Para mostrarem-se a eleitores religiosos tanto Serra quanto Dilma visitaram o Santuário Católico nacional em Aparecida do Norte e se encontraram com cristãos popularmente conhecidos como "evangélicos".

Também na semana passada, Dilma assinou uma carta onde diz: “sou pessoalmente contra o aborto e defendo a manutenção da legislação atual sobre o assunto”. No entanto para críticos a afirmação parece uma estratégia de linguagem já que o governo dela não será para a pessoa dela e sim para toda a nação, sendo necessário saber não sua opinião pessoal, e sim sua atitude pública.

Já José Serra, candidato que tem recebido apoio de alguns líderes religiosos acreditando que ele é contra o aborto, em 1998, como ministro da saúde, assinou um documento de norma técnica para o SUS ordenando a distribuição de material necessário e a prática do aborto até o 5º mês de gravidez conforme os casos previstos pela lei. O texto integro deste documento pode ser visto no link http://www.cfemea.org.br/pdf/normatecnicams.pdf.

3 comentários:

  1. Pena que confundiram o tema do aborto com religião. O tema do aborto é relacionado com o valor dado à vida humana e legalização do homicídio. Apelar a religião é o caminho mais fácil, tanto para taxar quem é contra como fanático, como também os últimos pensarem por uma via mais fácil, e não a de um raciocínio argumentativo mais exigente. Entenderam que ser contra o aborto é sinônimo de ser fiel religioso, grande equívoco.

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  2. Para conseguir votos dizem o que querem. Mas todas as atitudes mostram Dilma a favor do aborto. Ela já revelou isso em outras oportunidades.

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  3. São dois lados totalmente opostos e ao mesmo tempo semelhantes dos quais o Brasil está predestinado a ser entegue. Dá medo de pensar em tal bárbarie.

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