segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

A arte que alimenta corações e sonhos

Diogo Leão e Sabrina Assupmção

Não só como um “pássaro de fogo que canta” aos ouvidos de muitas pessoas, mas também como “um diamante descoberto” em Minas, lugar de “tantos artistas que são diamantes ocultos”. Assim a cantora e compositora Paula Fernandes, 25, explica o fenômeno de sua carreira artística. Para compor e interpretar uma de suas canções, ‘Seio de Minas’, por exemplo, conta que não precisou se inventar.
— Sou filha de Sete Lagoas e me orgulho de ser mineira. Comecei a cantar aos oito anos de idade, simplesmente por gostar de cantar.
Aos dez anos de idade, a cantora lançou seu primeiro disco independente. Já, com 12 anos, uma vez contratada por uma companhia de rodeios, com “alma viajante” e “coração independente”, como gosta de dizer, parafraseando versos de sua canção “Pássaro de Fogo”, viajou por todo o Brasil. Hoje, com cinco álbuns gravados, Paula apresenta uma rica diversidade artística com temas que vão de MPB, música pop, sertanejo de raiz até pitadas de world music.
A respeito de sua vida profissional, diz que se sente “duplamente responsável”.
— Trago as mensagens em forma de canção e assim as interpreto; saber que minha arte alimenta sonhos e corações do país inteiro me inspira e nutre os meus dias.
Sobre Minas Gerais, além de ressaltar as belezas naturais do lugar, Paula menciona algumas das riquezas que afirma encontrar na alma e no comportamento dos mineiros: “cultura, humildade, sinceridade, hospitalidade, doçura e honra, valores de família e tradição, princípios que carrego comigo e que são minha referência”.
Para um turista que vierem a Minas, Paula recomenda visitar a Serra do Cipó em toda a sua extensão. Principalmente a cachoeira do Tabuleiro, com 273 metros de altura — “uma maravilha!”. Como a gastronomia também não pode ficar de fora o frango caipira com quiabo e angu, o prato preferido da cantora.

Beleza e aventura o ano inteiro no Circuito de Serras do Ibitipoca

Diogo Leão e Nathalia Gorito
Seja à procura de descanso ou de aventura, os mineiros podem ser considerados privilegiados, pois em Minas encontram-se a fauna, flora e vegetação mais variadas do país, com destaque para o relevo montanhoso do Estado. São paisagens maravilhosas que encantam a todos. Para desfrutar de algumas dessas belezas naturais que Minas oferece, nada melhor que subir as serras do Ibitipoca. Clima de montanha, um frio que convida ao aconchego — a temperatura cai 0,5° a cada cem metros de subida — e, ao mesmo tempo, à prática de esportes. A temperatura média anual é de 22°.




Criado no ano de 2000, o Circuito de Serras do Ibitipoca tem o propósito de fomentar o turismo em cidades da Zona da Mata — de Bias Fortes a Ibertioga, passando por Santana do Garambéu, Pedro Teixeira, Rio Preto, Santa Rita de Ibitipoca, Santa Rita de Jacutinga e Lima Duarte. E há, ainda, os distritos de Sede, Conceição de Ibitipoca, São Domingos da Bocaina e Lopes. Cada cidade oferece ao turista suas particularidades, que vão de cachoeiras, festas regionais, esportes radicais e hospitalidade sem igual, como só os mineiros sabem.


No Circuito é possível praticar vários esportes. “Temos o raffinting, em Santa Rita do Jacutinga; o trekking, o carro chefe do circuito”, explica Márcio Lucinda, presidente do Circuito. Lucinda lembra também que “o circuito possui muitas trilhas de caminhada, e agora oferece também rapel e passeio de jipe 4X4”.


Mas, quem não gosta de se aventurar e pretende apenas curtir as belezas e as tradições do lugar, poderá se surpreender com as festas do Carro de Boi, que acontecem nas cidades de Ibertioga e Santana do Garambéu, sem falar nas exposições agropecuárias com apresentações de grupos folclóricos, cantorias de viola, shows sertanejos e bandas de música que ocorrem em todo o circuito. com apresentações de grupos folclóricos, cantorias de viola, shows sertanejos e bandas de música que ocorrem em todo o circuito.


Principais atrações


• Na cidade de Lima Duarte, Distrito de Conceição de Ibitipoca, o turista poderá desfrutar das belezas do Parque Estadual de Ibitipoca;


• Em Santana do Garambéu, conhecida por seus artesanatos de palha e pela tradição dos carros de boi, procurar o rico patrimônio histórico.


• Santa Rita de Ibitipoca, por sua vez, oferece ao visitante agradável caminhada de três dias no entorno do Parque Estadual de Ibitipoca, passando pelos municípios de Lima Duarte, Bias Fortes e Santa Rita de Ibitipoca, onde é possível desfrutar da beleza da mata nativa, com espécies raras da fauna e flora, além das cachoeiras e paredões.


• As cidades de Rio Preto e Santa Rita de Jacutinga são cercadas por serras como as serras do Funil e do Pacau, além do famoso Pico da Bandeira, até pouco tempo, considerado o ponto culminante do Brasil. As cidades são conhecidas por suas belas cachoeiras, cânions, grutas e formações rochosas.


O Circuito Serras de Ibitipoca possui um ambiente familiar e aconchegante. Além de esportes radicais e descanso, oferece aos turistas paisagens memoráveis, que poderão se transformar em fotografias inesquecíveis. Para começar a viajar pelo lugar e se encantar ainda mais com suas belezas mineiras é só acessar o site http://www.circuitoserrasdeibitipoca.com.br/


Você sabia?


A culinária da região tem seu forte nos laticínios, pois alterna serras e pastagens. Conheça também os doces cristalizados, os licores de frutas, cachaças artesanais, biscoitos de polvilho, bolos e a tradicional galinha caipira no caldo de feijão.

Os prós e os contra da assessoria política

Um debate que envolve o jornalista com a promessa de melhores salários, mas também põe na berlinda os ideais profissionais e a ética


Diogo Leão


Vivemos um dos anos eleitorais mais marcantes da história do Brasil. Foram eleitos representantes para quase todas as esferas do poder legislativo do país, além de governadores e de presidente. Neste contexto, tem se destacado muito a função do assessor político. O assessor político, para alguns, é o responsável pela construção da imagem; para outros, a de marqueteiro e até de ombudsman, como querem alguns. Os postos de trabalhos na comunicação social são muito variados, e já não são tão simples as divisões das funções entre jornalistas, publicitários e relações públicas. Apesar de tarefas essencialmente específicas, muitos dos que têm se dedicado à assessoria política são formados em jornalismo, Esta nova oportunidade tem oferecido melhores salários em vários casos.

Guilherme Minassa
Guilherme Minassa, atual coordenador de planejamento em informação da Câmara Municipal de Belo Horizonte – CMBH, ao falar sobre o respeito à verdade, quando o caso é lidar com a imagem de pessoas, argumenta que “manipular informações é o que, de um modo geral, fazem todos os veículos de comunicação, que como empresas, têm como razão de existir a sobrevivência financeira. Um bom assessor político precisa ter consciência desse contexto, porque na verdade estamos trabalhando a imagem de um político, que precisa da boa acolhida da opinião pública para se eleger a um cargo”. Sobre a formação e experiência profissional de uma pessoa para trabalhar como assessor, Guilherme recomenda que seja alguém que já tenha feito jornalismo político, que “conheça os dois lados do balcão”.

Com uma visão diferente sobre as funções de um assessor político, Luiz Carlos Silva, assessor de imprensa do deputado federal Luis Tibé, formado em jornalismo no Centro Universitário Newton Paiva, afirma que “se um assessor manipula uma notícia, ele estará construindo uma imagem falsa de uma pessoa. É o político sério e responsável que constrói a sua própria imagem, o assessor apenas divulga essa imagem. A política é vista com um grande preconceito no Brasil, assim o maior desafio para um assessor político é demonstrar que nem todos os políticos são iguais”.

Vereador Adriano Ventura
O vereador, professor na PUC Minas e jornalista Adriano Ventura entende a função do assessor político como “a mistura de um ombudsman com marqueteiro, um campo que está se abrindo cada vez mais para o jornalismo”. A maioria dos políticos não gosta de definir valores, quando o assunto é o salário de um assessor. No entanto, o vereador Ventura admite que “realmente a média do que um assessor político ganha é melhor do que quem está em veículos de comunicação em nível inicial”. Segundo o vereador, na Câmara de Vereadores de Belo Horizonte, o salário de um assessor, em geral, está ao redor de R$ 2 mil. Mas ele afirma que, na Assembleia legislativa pode variar de R$ 1.500 a R$ 8 mil. A variação se explica: os vereadores ou deputados de partidos pequenos costumam ter menos cacife que os caciques dos grandes partidos — “aqueles políticos que estão todo dia na mídia, que sabem como aparecer e têm a imprensa na mão”, como afirmou a assessora de um deputado emergente, que acabou de saltar da Câmara para a Assembleia Legislativa. Que se trata de um bom mercado de trabalho para os jornalistas, ninguém duvida, “mas tudo tem seu custo: se na imprensa não há fim de semana, na política não há hora nem paz” — o comentário é do vereador Adriano Ventura. Em um tempo em que as redações estão cada vez mais enxutas, não há como não se deixar levar pelas promessas desse novo filão do mercado. No entanto, vale levar mais a sério a consideração do vereador Adriano Ventura. Pior do que não ter paz nem fim de semana é ser escalado para, de repente, ter que explicar um mensalão que não se explica.