sexta-feira, 18 de junho de 2010

Mantra da dicotomia

Como mantra se vem repetindo as idéias de dicotomias entre religião e ciência, entre religião e progresso, entre religião e estado laico, entre religião e jurisprudência. Porém poucas são as pessoas que tem a racional prudência para analisar o quanto são reais estas dicotomias.

Na reportagem do Estado de Minas do dia 18 de junho de 2010, ao noticiar que autorizaram o aborto de uma criança nascitura por ser anencéfala, (sem cérebro), afirmou-se que a ciência considera um feto anencéfalo como sem vida contrariando convicções religiosas. Observo que sobre esta afirmação o texto careceu das fontes. Com meus poucos conhecimentos científicos, basta usar os que adquiri no ensino fundamental para ver que carece de fundamento a afirmação presente no texto. O que define um ser como vivo, são as operações vitais (nutrição, crescimento e dependendo do estágio de vida a reprodução). O feto ainda que sem cérebro, se nutre e cresce, não cabendo ainda o juízo quanto à reprodução, pois não está no estágio do desenvolvimento adequado.

Agora quanto ao mérito da discussão para a autorização do aborto da criança anencéfala, mencionaram o argumento favorável de um desembargador que afirma que “a morte do feto após o parto já está prognosticada”. Claro que está prognosticada, se nasce vivo é óbvio que morre depois do parto. A morte é a única certeza que temos, e maior probabilidade de acontecer de forma mais breve para os que nascem mais debilitados, como é o caso dos anencéfalos. Se o fato de que vai morrer depois do parto justifica o aborto, em breve veremos a petição de autorização do aborto em caso de várias outras doenças que o feto pode vir a ter.

2 comentários:

  1. Não faço idéia de como e em quanto tempo um anecéfalo sobreviveria após conseguir sair vivo de um parto. Mas, sou contrária a qualquer tipo de aborto.

    O único quem tem autoridade pra dar e tirar a vida é Deus. (1 Samuel 2:6)

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  2. Desde antes de saber da minha gravidez, se exagerava em alguma atividade, carregar grande pesos ou realizar grande esforço físico, meu corpo me mostrava que eu havia exagerado me forçando a repousar. Isso porque descobri a gravidez na 4 semana. Meu corpo me diz isso, a natureza é sábia, quem sou para dizer que essa criança não merece viver? Tanto é vida que desde o início meu corpo me mostra que tenho que protegela. Tira-la atravéz de um aborto é ir contra todos os principios naturais.
    Conheci em um dos meus estágios Uma criança anencéfala, ela tinha apenas até a base do quarto ventriculo, para que entende é muito pouco. Tentaram convencer a mãe de abortar, que ela não viveria mais de um dia. A última notícia que tive a Esterzinha tava com 5 aninhos. infelizmente perdi contato com a mãe depois disso. Mas essa garotinha era a alegria da mãe. Médicos não são deuses, não podem dizer por quan to tempo uma criança vai viver para assim converncer os pais a tirar essas vidas.

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