domingo, 22 de novembro de 2009

Somos pessoas boas

O aborto dos gêmeos que uma menina de nove anos estava esperando depois de ter sido violada pelo padrasto, está sendo um dos temas mais polêmicos na sociedade brasileira, nas últimas semanas, com repercussão até internacional. Quanto ao caso houve pronunciamentos por parte de médicos, de ongs, de lideres religiosos, advogados e muitos outros dentre os quais nem o presidente da república quis escapar. Mas porque todos nós ficamos inquietos com o assunto?

O fato de acompanharmos as notícias sobre o caso é de início um ótimo sinal. Sinal de que com algo nos identificamos com o caso. Sinal também que no fundo não somos indiferentes ao que acontece com os outros e que a sociedade brasileira ainda não é tão individualista e egoísta.

Sobre a menina e seus filhos por nascer, o caso foi apresentado querendo mostrar uma novidade; como um fato que traria uma revolução; como que já esta na hora de algumas estruturas da sociedade mudar. Dando como certeza de que se a menina continuasse com a gravidez morreria, naturalmente queremos salvá-la e até aqui não tem nenhuma novidade. Podem dizer que salvando a vida da menina, infelizmente morreriam os fetos. Também podem dizer que matando os fetos, a menina não morreria. Na primeira opção se percebe alguém que tem a intenção de salvar a vida da menina, na segunda alguém que tem a intenção de matar os filhos da menina. Duro que se escutou mais alto a segunda opção. Quiseram encontrar uma desculpa para matar sem que fossem acusados de criminosos diante da lei.

A maioria de nós queremos ser pessoas boas, queremos fazer o bem, e não queremos estar com a consciência intranqüila. Mas não precisamos optar por crimes, como nos querem sugerir. Porque devemos ser cúmplices com a conspiração de uma revolução onde o mal deve ser respeitado e o bem desprezado. Mas somos pessoas boas e não queremos ceder para o mal.

Um comentário:

  1. Da parte da Igreja se entende que não condenou a menina. Outros optaram por ela. E se sente que a família da menina foi muito manipulada.

    ResponderExcluir