sábado, 16 de outubro de 2010

“Minas é luz, é raio, estrela e luar...”

Diogo Leão e Diego dos Santos
Alunos da Central de Produção Jornalística CPJ
Foto de Marden da Mota Couto


“Se os aplausos são um reconhecimento por aquilo que fiz, isso também é um reconhecimento para a terra da qual sou filho” — ou seja, Minas. A afirmação é de um certo Wanderley Alves dos Reis, muito mais conhecido como Wando, sempre lembrado pelos cenários de seus shows, repletos de insinuações sensuais — onde não faltam roupas íntimas femininas e haréns. No último dia 2 de outubro, o cantor mineiro completou 65 anos. Uma entrevista com Wando faz, de imediato, com que o repórter se lembre de pelos alguns de seus grandes sucessos — “moça” (“eu quero me enrolar nos teus cabelos, abraçar teu corpo inteiro...”) e a inevitável “Fogo e Paixão”, também conhecida como “Meu Iaiá, meu Ioiô”.

Com uma discografia de mais de 25 álbuns, o aniversariante confessa que, “quando fazemos algo que as pessoas reconhecem, é sinal de que estamos no caminho certo. Mas isso não quer dizer que você deve ficar parado, e sim que você tem muito mais para mostrar”. Wando nasceu em Cajuri, uma cidadezinha mineira na Zona da Mata, hoje com pouco mais de quatro mil habitantes. “Cajuri é uma cidade pequenininha, tem um pequeno coreto e embora já não tenha a linha de trem, a estação continua lá, onde todo mundo conhece todo mundo”, conta.

Para ele, “Minas tem uma calma que se não encontra com muita facilidade em outros estados, e embora o índice de violência tenha crescido em todo mundo, em Minas continua-se tendo um ambiente de paz”. Para o romântico cantor, ser mineiro “é saber que nasceu numa terra onde as pessoas falam e se encontram mais, têm uma gentileza muito grande — e, principalmente comem muito bem”. Apesar de estar há muito tempo ausente de sua terra natal, Wando não perdeu contato com suas origens. Tanto que, ao falar em pratos mineiros, ele se lembra logo de seu preferido, o tradicional frango com quiabo — “um típico prato mineiro e que é muito gostoso e eu recomendo a todos os turistas”.

As mulheres, que nunca estão ausentes na obra de Wando, são outra paixão sua. Com muito jogo de cintura, Wando afirma simplesmente que aprecia “a beleza das mineiras, que são totalmente diferentes das mulheres dos outros estados”. O que também não quer dizer que no coração do cantor não haja lugar para capixabas, cariocas, mato-grossense ou acreanas — “em outros estados também há mulheres bonitas, mas as mineiras são mais cativantes, têm um sotaque diferenciado, que marca muito”.

Minas é um lugar que vale a pena conhecer? Lógico. Wando citou Juiz de Fora, Tiradentes e Belo Horizonte, mas, quando se fala de Minas Gerais, para ele, a cidade ou região não importam muito. O que importa é que “é um estado cheio de mulheres bonitas”. Ah, sim, Wando lembra ainda que Minas é também a terra “de políticos famosos, pessoas que dão um direcionamento a este país”.

(Esta matéria foi feita para ser publicada no Jornal Turismo de Minas)

2 comentários:

  1. É muito bonito ver exemplos como de Wando, que não tem vergonha em ser oque realmente é. O amor a patria tanto no sentido nacional, como estadual ou até mesmo regional edifica o homem sem sombra de duvida.

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  2. Com certeza valorizar o local de origem é grandioso.Torma a pessoa de certa forma, agradecida, nao so pelo que viveu, mas pelo que se tornou.

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